Educação em tempo integral: desafio vencido por escola de Campina Grande
Por: Iara Alves, Gabryella Torres e Felipe Powell
A educação integral busca desenvolver os alunos que a aderem de forma e em sua totalidade. Muito mais do que tempo em sala de aula, ela reorganiza espaços e conteúdo. É um grande desafio que começa a tomar forma. Em Campina Grande a Escola Municipal Leonardo Vitorino Guimarães é um exemplo à cidade, sendo a única unidade do município que oferece ensino em tempo integral. Ela está localizada no segundo bairro mais violento e em dos mais carentes da cidade.
A princípio os indicativos sociais não causam boa impressão, é até comum ter tal pensamento quando o assunto é ensino público nas periferias do Brasil. Mas lá a história é diferente. A instituição é exemplo para as demais do município, não há evasão escolar e muito menos reprovação. Os 165 alunos matriculados estudam em regime integral. Pela manhã recebem o ensino convencional e a tarde se dedicam a atividades interdisciplinares, um verdadeiro modelo de ensino aprendizagem.
Para dar início ao trabalho algumas metas foram estabelecidas pelos gestores do local: Estender a jornada escolar, amarrar atividades do turno e do contra turno, apostar nas atividades extraclasse, ter um projeto pedagógico bem definido, integrar espaços, saberes e agentes educadores, valorizar a diversidade cultural, valorizar a família e a comunidade, fazer parcerias com a comunidade e expandir a educação para outros setores.
Em sala de aula os alunos não aprendem com os mestres somente lições de língua portuguesa, matemática e demais disciplinas que compõe o currículo escolar, eles aprendem lições de vida que constroem caráter. Tanta dedicação de professores, funcionários, pais e estudantes faz com que o local seja o mais disputado do bairro.
São servidas três refeições diárias às crianças: lanche da manhã, almoço e jantar. Alguns dos alimentos utilizados na cozinha são produzidos na horta da própria escola, cultivada por funcionários. Para cozinhar coordenadores, pais e demais funcionários põe a mão na massa e todos se sentam juntos à mesa.
O empenho do terceiro setor foi reconhecido até pela iniciativa privada. O Instituto Alpargatas criou o Prêmio ‘Aluno Nota 10’ com objetivo de incentivar o engajamento das crianças na educação. Os escolhidos foram avaliados por critérios como frequência, aprendizagem e comportamento, rendimentos encarados como obstáculos por muitos e vencidos com esforço.
- Foi um grande desafio para o instituto, isso é mais um apoio para educação no aprimoramento da aprendizagem e da pedagogia. Temos tido grandes resultados, eu tenho certeza que no próximo ano podemos apoiar mais escolas e fazer muito mais por elas – observou Berivaldo Araújo, diretor executivo do Instituto.
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