A4 – Associação de Amigos dos Animais Abandonados de Campina Grande


Por: Andrezza Azevedo, Bruna Duarte, Hildeman Silva e Tássia Raphaelle

      Há 10 anos, um grupo seleto de pessoas interessadas em ajudar a grande quantidade de animais abandonados nas ruas de Campina Grande se uniu para pôr em prática o projeto da A4. A Associação de Amigos dos Animais Abandonados de Campina Grande (CNPJ: 06.262.522/0001 – 48) é uma Ong que se mantém por meio de doações em dinheiro, remédios ou rações.
     Devido o grande número de animais abandonados no abrigo, que fica na rua Quebra Quilos, número 180, Centro de Campina Grande, a associação realiza eventualmente feiras de doação, em parceria com outras Ongs da cidade, para quem esteja disposto a assumir a responsabilidade de criar um animal doméstico. No ato da doação, são requeridos os documentos do interessado, além do comprovante de residência e disposição de assinatura do Termo de Responsabilidade.
      O espaço conta com um grupo de vinte voluntários, que cuidam da manutenção dos animais e da tesouraria, distribuindo as doações para cirurgias e tratamentos necessários aos animais que são resgatados. Todos os anos, a associação realiza uma prestação de contas, informando no site para onde foi o dinheiro doado.

 Alguns dos voluntários da A4

     Todos os animais que chegam à A4 passam por um processo de esterilização, para que não haja risco de qualquer tipo de contaminação para os outros. Outra grande preocupação da associação está em fiscalizar as políticas públicas de incentivo a responsabilidade pela vida animal. Também existe interesse em manter contato com toda a comunidade campinense, afim de arrecadar doações, contantemente necessárias na instituição.
      Quando os recursos estão mais acessíveis, a A4 se propõe a realizar um “Mutirão de Castração”, no objetivo de manter os animais longe da inquietação e de doenças desenvolvidas ao longo dos anos.

Equipe veterinária trabalhando no Mutirão de Castração

Veterinários consultando cão resgatado das ruas

       A Ong realiza suas divulgações através do Facebook e do site, promovendo a campanha de que a atitude de compra e venda de animais é repudiável, incentivando as adoções. Para doações, o interessado deve procurar contato através da sede da Associação, pelos telefones (83) 3051-0284 / 9999-9261, pelo email aquatropb@gmail.com, ou contribuir online, pelo site: http://www.a4pb.org/. Para doações em dinheiro, é disponibilizada a conta corrente é do Banco do Brasil, número 17031-3, agência 1634-9.


Educação em tempo integral: desafio vencido por escola de Campina Grande

Por: Iara Alves, Gabryella Torres e Felipe Powell

      A educação integral busca desenvolver os alunos que a aderem de forma e em sua totalidade. Muito mais do que tempo em sala de aula, ela reorganiza espaços e conteúdo. É um grande desafio que começa a tomar forma. Em Campina Grande a Escola Municipal Leonardo Vitorino Guimarães é um exemplo à cidade, sendo a única unidade do município que oferece ensino em tempo integral. Ela está localizada no segundo bairro mais violento e em dos mais carentes da cidade.
      A princípio os indicativos sociais não causam boa impressão, é até comum ter tal pensamento quando o assunto é ensino público nas periferias do Brasil. Mas lá a história é diferente. A instituição é exemplo para as demais do município, não há evasão escolar e muito menos reprovação. Os 165 alunos matriculados estudam em regime integral. Pela manhã recebem o ensino convencional e a tarde se dedicam a atividades interdisciplinares, um verdadeiro modelo de ensino aprendizagem.
      Para dar início ao trabalho algumas metas foram estabelecidas pelos gestores do local: Estender a jornada escolar, amarrar atividades do turno e do contra turno, apostar nas atividades extraclasse, ter um projeto pedagógico bem definido, integrar espaços, saberes e agentes educadores, valorizar a diversidade cultural, valorizar a família e a comunidade, fazer parcerias com a comunidade e expandir a educação para outros setores. 
      Em sala de aula os alunos não aprendem com os mestres somente lições de língua portuguesa, matemática e demais disciplinas que compõe o currículo escolar, eles aprendem lições de vida que constroem caráter. Tanta dedicação de professores, funcionários, pais e estudantes faz com que o local seja o mais disputado do bairro.
      São servidas três refeições diárias às crianças: lanche da manhã, almoço e jantar. Alguns dos alimentos utilizados na cozinha são produzidos na horta da própria escola, cultivada por funcionários. Para cozinhar coordenadores, pais e demais funcionários põe a mão na massa e todos se sentam juntos à mesa.
      O empenho do terceiro setor foi reconhecido até pela iniciativa privada. O Instituto Alpargatas criou o Prêmio ‘Aluno Nota 10’ com objetivo de incentivar o engajamento das crianças na educação. Os escolhidos foram avaliados por critérios como frequência, aprendizagem e comportamento, rendimentos encarados como obstáculos por muitos e vencidos com esforço.
- Foi um grande desafio para o instituto, isso é mais um apoio para educação no aprimoramento da aprendizagem e da pedagogia. Temos tido grandes resultados, eu tenho certeza que no próximo ano podemos apoiar mais escolas e fazer muito mais por elas – observou Berivaldo Araújo, diretor executivo do Instituto.

ASSOCIAÇÃO FAROL REMIGENSE: Construindo cidadania, iluminando Sonhos e despertando talentos no Brejo paraibano há mais de 6 anos


 Por: Aline Herculano, Damião Gutemberg, Iara de Jesus, Jailson Souza e Larissa Santana

      A associação Farol Remigense foi fundada dia 23/04/2008 pelo casal de empresários: Alcides Balbino e Sueli Moreira, com o objetivo de transformar as ações sociais da cidade de Remígio-PB.   
      Para entendermos melhor o que significa a criação da associação e os seus objetivos, vamos inicialmente falar da abrangência desta ação filantrópica:   
      A noção de filantropia é suficientemente antiga para ser tomada como elemento constituinte natural das sociedades atuais. Isso pode ser o resultado de um valor intrínseco aos seres humanos: a solidariedade. Esse valor consiste no fato de a necessidade de um ser humano ser interiorizada por outro e de essa interiorização levar a uma reação (portanto, uma ação) desse indivíduo, justificada pelo mero fato de que existe alguém com uma necessidade que precisa ser atendida.   
      Essa qualidade humana é valorizada em praticamente todas as religiões e culturas. Assim, a solidariedade deve ser entendida como o reconhecimento e uso por parte do doador de que ele é possuidor de diversos dons, talentos, capacidades e bens, que devem ser colocados, gratuitamente, à disposição das necessidades de outras pessoas.
     Com o evoluir da humanidade, porém, esse entendimento foi se concentrando nos bens e, particularmente, nos recursos financeiros que poderiam ser disponibilizados para os necessitados. Assim, surge a filantropia que aqui chamaremos de “tradicional” - baseada na decisão de indivíduos que, voluntariamente, atendem aos necessitados, mas de forma assistencialista, isto é, partindo das necessidades básicas de sobrevivência do ser humano, como alimentação, vestimenta, albergue etc.
Essa postura está inserida dentro de uma visão bastante difundida pelas religiões, que é o entendimento de que “dar” é uma expressão de amor ao próximo e, consequentemente, a satisfação de um desígnio divino.           
     O entendimento da filantropia “tradicional” ainda é muito importante em nossos dias. Ele representa um segmento da sociedade civil que, diante da necessidade do ser humano e de sua incapacidade de acessar recursos, programas e serviços de responsabilidade dos governos, organiza-se dentro de um sistema alternativo para prover esses bens e serviços, por meio de recursos privados colocados em benefício público. Embora de relevância na constituição de uma sociedade mais justa e solidária, essa visão alternativa não traz mudanças das relações existentes dentro da sociedade. Assume papel suplementar à ineficiência do Estado, aproximando-se de uma visão caritativa para com os excluídos dos bens e serviços oferecidos pelo setor público.   
       Há, porém uma segunda abordagem para a filantropia. É quando ela atua como um segmento da sociedade civil que busca construir um sistema alternativo da situação de exclusão do ser humano, seja ela representada pela exclusão social ou pela econômica, política ou cultural. Essa abordagem utiliza o recurso privado para o beneficio público, buscando transformar a sociedade, a partir de programas e projetos criativos, testes modelos que tornam serviços e bens mais acessíveis, construção de relações entre diferentes setores e grupos sociais, geração de capital humano e social,
influência em políticas públicas. Seu compromisso é com a mudança da sociedade, com a alteração do status.   
      Após termos o entendimento do que podemos considerar como ações filantrópicas agora vamos conhecer as ações e projetos mantidos pela ASSOCIAÇÃO FAROL REMIGENSE que dispõe de: Atividades de apoio a educação, Produção teatral, Produção musical, Pintura e Eventos.   
     A associação dispõe de aulas de ballet, com a condução de profissionais que profissionalmente atuam nos mais famosos ballet Paraibanos. Isto despertou o interesse não tão somente do publico Remigense, hoje as aulas também atende dentro da sua cede crianças que vem das cidades vizinhas de Arara, Areia e Esperança.

As alunas de ballet da associação Farol Remigense possuem acompanhamento profissional

      O incentivo a pintura é uma forma de promover na cabeça das crianças e jovens atendidos pela associação, alguns valores que foram se perdendo com o passar do tempo, nas aulas são oferecidas não tão somente as telas ou tintas para realização dos trabalhos, são passados textos, atividades e busca através de livros e revistas para que tomem consciência a importância do que significa transpor a partir de um pincel, as ideias que podem ficar marcadas por toda uma vida.


Uso de atividades artísticas como pinturas e artes plásticas para o desenvolvimento criativo

      As atividades musicais são as mais procuradas pelos jovens da cidade, e isto não é toa, a associação dispõe de professores capacitados, preparados e que tem a experiência necessária para lidar com o público infantil, estes devem ser alguns dos aspectos predominantes para que esta atividade seja desenvolvida e consiga prender a atenção de quem busca aprender o que lhe é proposto. É fundamental que o ensino de Musica seja feito de modo agradável e divertido para que o ambiente na hora do ensinar/aprender surta efeito positivo, tanto para quem ensina, como para quem aprende. A prática de aula de musica desenvolve habilidades, define conceitos e conhecimentos e estimula o aluno a observar, questionar, investigar e entender o meio em que vive e os eventos do dia a dia, através da musicalidade. Além disso, estimula a curiosidade, imaginação e o entendimento de todo o processo de construção do conhecimento de forma sonora e descontraída.

 As crianças são estimuladas ao aprendizado de instrumentos musicais, como: violino e teclado

      A música é uma linguagem universal tendo participado da história da humanidade desde as primeiras civilizações. Suas atividades de musicalização permitem aos alunos conhecer melhor a si mesmo, desenvolvendo sua noção de esquema corporal e, também permitindo a comunicação com o outro, contribuindo de maneira facilitadora de descontração, como reforço no desenvolvimento cognitivo/linguístico, psicomotor e sócio afetivo.   
Portanto, através da música, o professor tem uma forma privilegiada de alcançar seus objetivos, podendo explorar e desenvolver características. O aluno com a educação musical cresce emocionalmente, afetivamente e cognitivamente, desenvolvendo sua coordenação motora, acuidade visual e auditiva, bem como memória e atenção e, ainda, sua capacidade e sua criatividade na comunicação.    
      O sucesso obtido em tão pouco tempo pelas aulas de músicas oferecidas na associação chamou a atenção dos seus idealizadores, passaram a perceber que já não estavam mais comportando a quantidade de alunos que estavam surgindo a cada nova aula, pensaram então na ampliação e para isto colocaram no papel a criação de um projeto, e assim surgiu o PROJETO MUSICANDO PARA A VIDA.
      Para criação deste projeto foi buscada uma parceria com o BANCO DO BRASIL da cidade, ao analisar e ver a importância do projeto foi conseguido a aprovação de recursos para compra dos instrumentos e manutenção dos mesmos.   


     O PROJETO MUSICANDO PARA A VIDA se expandiu, e com isto a associação criou a FANFARRA SIMPLES FAROL REMIGENSE, que é composta exclusivamente por alunos do projeto, e tem a frente instrutores jovens, isto de maneira estratégica para maior facilitação da comunicação com as crianças e jovens que compõem a fanfarra.

Apresentação da fanfarra Farol Remigense nas ruas de Remígio

      Hoje a Fanfarra é responsável por conduzir algumas escolas nos desfiles cívicos do 7 de setembro da cidade, bem como também é constantemente convidada para apresentações em outros municípios.   
      Mesmo sem a criação da associação, o casal de empresários Alcides Balbino e Sueli Moreira há mais de 10 anos realizavam na cidade FESTIVAL DA CRIANÇA, todos os dias 12 de outubro. Esta festa é realizada com o objetivo de distribuir presentes, doces, salgados, picolés e as mais diversas guloseimas que as crianças adoram, e  ainda também com um parque gigantesco para que possam brincar, tudo isto com a intenção de proporcionar um dia diferenciado para aqueles (a) que fazem parte das classes mais baixas da cidade.   
O interessante é que com o passar do tempo e a criação da associação este dia diferente para as crianças da cidade só teve a ficar ainda melhor, a festa tornou-se a maior e mais bem organizada de todo brejo Paraibano. Diversas empresas passaram a ajudar e oferecer seus serviços para ampliação da diversão das crianças que hoje tem a certeza que a cada novo 12 de outubro a festa irá ser ainda maior.
      A festa realizada pela associação hoje atende e recebe crianças de todas as cidades do brejo Paraibano, as ruas da cidade tornam-se pequenas diante de tanta alegria e estrutura montada para oferecer aos pequenos um dia especial e como de fato merecem.







No dia do FESTIVAL DA CRIANÇA realizado pela associação, todas as atividades desenvolvidas por ela são apresentadas como as fotos a seguir demonstram.


Conheça mais sobre a associação no site: https://www.facebook.com/farol.remigense.35?fref=tsFarol Remigense

PodCast: A.A. - Alcoólicos Anônimos






Este é um PodCast produzido por: Elisângela Marinho, Marília Gerlane, Patricia Nascimento e Raquel Camelo.

Para ouvir nosso PodCast, aperte o play!

Centro de Recuperação Homens de Cristo: Uma luz no fim do túnel


Por: Luiz Eduardo, Robério Alves Costa e Wenderson Carlos

       Atualmente na sociedade Brasileira, o uso de drogas ilícitas está sendo cada vez mais debatido.  Pois o aumento das mesmas, em especial o consumo do crack tornou-se epidêmico, alcançando todas as classes de famílias. O Brasil é o maior mercado de crack do mundo e o segundo de cocaína, aponta o 2º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas. O estudo divulgado pela Universidade Federal de São Paulo no dia 05/09/12 no portal UOL, mostra que esta epidemia corresponde a 20% do consumo global da cocaína — índice que engloba a droga refinada e os seus subprodutos, como crack, óxi e merla.
      Com a expansão desta droga, cada família está sujeita a ter um parente como dependente químico. A preocupação e a educação dada pelos pais em casa não é o suficiente, pois as drogas também estão presentes nas escolas, nas ruas, em todos os âmbitos da sociedade civil.  O pouco feito por parte dos governantes para combater esse mal que causa a destruição de famílias ainda é mínimo.
A sociedade cobra, em especial os pais que perdem seus filhos cada vez mais cedo para as crackolandias. É preciso encarar este mal como questão de saúde publica, usando de mecanismos de combate a esse mal, ou seja, investindo em segurança publica: investigação e desarticulação do tráfico; e clinicas de recuperação mais efetivas. Quando uma família descobre que tem um usuário dentro de casa a reação é por vezes inesperada. Muitos pais e parentes não conseguem aceitar e chegam a rejeitá-los expulsando-os de suas casas. Outros procuram ajuda em clinicas de recuperação e estas quase sempre são organizadas por grupos ou instituições religiosas e mantidas com recursos próprios,  advindos de doações.
       Na região próxima à Campina Grande, existem três centros de recuperação: A Fazenda Do Sol, administrada por Católicos; CARE da Igreja Bola de Neve; e Homens de Cristo, administrada por evangélicos – esse último existe há 20 anos e mantém atualmente 50 homens em recuperação. O tratamento dura nove meses e em alguns casos pode levar até anos. O centro conta com a ajuda vinda da filantropia e de voluntários que auxiliam dando palestras. 
       Para W. G. A., 31, natural de João Pessoa, interno há dois meses e pela sexta vez em um centro de recuperação, “tudo que se tem de bom na vida com o uso de drogas é perdido, da dignidade ao sentido de viver, a reconquista de tudo isso de volta é difícil mais pode ser conseguido usando a fé’”.
       Segundo T. O. 26, recém-chegado ao centro pela segunda vez ‘’o crack leva o usuário a fazer coisas inimagináveis a mente humana em sã consciência. O centro pode ajudar muito, mas a força de vontade tem que ser maior’’. 
       Os internos dos centros confessam que o que leva a maioria dos jovens a se envolver com as drogas é a curiosidade e influências. Eles também dizem que a maioria dos usuários começa pelo cigarro e bebida alcoólica que são drogas lícitas. O álcool é uma das drogas mais perigosas, no entanto, existe uma grande diferença entre, o uso do álcool pode ser prolongado por muitos anos o que traz o desgaste físico e psicológico, já o crack pode matar um usuário em um ano ou até menos dependendo da forma que ele o consome.
       “Já perdi minha primeira família por causa do meu vicio ou minha doença como queiram chamar, meus familiares sofreram muito comigo mais creio que me perdoaram e vou aos poucos resgatando a confiança deles’’– relatou F. A. S., 64, engenheiro civil interno há dois anos e dependente de álcool há mais de quarenta anos.
      De acordo com Francisco De Assis Benicio, diretor do centro de Recuperação Homens De Cristo. Ele  criou o centro com a expectativa de ressocialização acreditando que com a ajuda da sociedade é possível sim ver pessoas recuperadas dos males causados pelas drogas  ‘’A Paraíba tem aproximadamente 127 mil dependentes de drogas e não tem nem a metade desses usuários em recuperação, pois é mais fácil colocar uma pessoa nas drogas do que tirar um das drogas. A mídia fala constantemente sobre esse problema, mas as pessoas ainda não conseguem levar esse assunto a sério, não é fácil cuidar dessas pessoas. Não só o nosso centro, mas os outros centros também precisam de mais apoio’’.
       É possível perceber na face de cada interno o desejo e a demonstração que eles têm esperança de se livrar desse vício. E como visto nos depoimentos acima, podemos observar o prejuízo que as drogas trazem para o usuário, para a família e para a sociedade em geral. Entre esses danos estão a perda da dignidade, da confiança, da família e o sentido de viver. A luta que os internos enfrentam para abandonar o vício e reconquistar o que perdeu é muito árdua e carece do apoio da sociedade, do poder publico e até mesmo privado.



       Centro de recuperação Homens de Cristo surge como uma instituição filantrópica e evangélica sem fins lucrativos. A ONG possui como meta o tratamento e a recuperação aos indivíduos dependentes químicos. A mesma é reconhecida por sua relevante utilidade pública, sendo reconhecido pelo conselho municipal e estadual de assistência social da Paraíba. Os métodos empregados no tratamento são: Conscientização; Estudos bíblicos; Não uso de outras drogas, ou seja, remédios; Terapias; Palestras; Atendimento psicológico; Psicoterapia. Estudo bíblico; Agropecuária; Artesanato; Jardinagem; Arte-culinária; Filmes; Musicoterapias; Dinâmicas de grupo; Aconselhamento pastoral; Lazer.
       
 

       A instituição se localiza na zona rural, Sítio Canta Galo, BR 103, Km 101, São Sebastião de Lagoa de Roça-PB. Atende homens com faixa etária entre 16 à 70 anos, que sejam dependentes químicos de álcool e outras drogas.  A diretoria do centro é formada pelo Pastor Francisco de Assis Benício de Albuquerque, então Presidente e a coordenadora geral: Drª Maria Betânia Vitoriano Pereira.

ASSORAC: Cultura, educação e cidadania na comunidade

Por: Aline Calisto

       A Associação Raízes da Cultura, Assorac, tem por objetivo transformar a vida das crianças e jovens da comunidade, levando mais conhecimento, experiências e os ensinando a valorizar os aspectos culturais, sociais e humanos na sociedade. A Biblioteca Comunitária das Malvinas foi um fruto desta associação, além de outros projetos educacionais como o "Cordel na Escola", "Cordel Solidário", "Projeto Jovem Repórter”, entre outros.

Alunos em ação durante o “Projeto Jovem Repórter”

       Conversamos com Aziel Lima – professor, poeta, cordelista e coordenador da ASSORAC – para conhecer um pouco mais sobre o trabalho que eles tem realizado no bairro. Ele nos contou sobre a sede da associação, onde várias escolas agendam visitas. “O aluno recebe um pouco de literatura, mas também conhece uma parte da história: o primeiro moinho, o potinho de barro, a cabaça, a balança de precisão, o avanço do rádio, a TV da modernidade comparada às antigas, a máquina de datilografia, a radiola, o fax, o videocassete, o disquete, a máquina de costura e muito mais. A gente resgata a cultura aqui.” 
     Aziel também nos contou o objetivo em guardar todos estes itens. “Tudo isso, a gente tenta mostrar ao aluno para que ele possa estar vivenciando a história contemporânea, mas sem esquecer às suas origens, do seu passado”, disse ele.
       Um dos projetos mais importantes da associação está concentrado na implantação de Bibliotecas Comunitárias. A Assorac, atualmente, é responsável pela manutenção de três Bibliotecas nos seguintes bairros: Malvinas, Três Irmãs e Mutirão. Com o objetivo em comum: colocar à disposição das comunidades, materiais importantes para a formação educacional de todas as idades. 
Entrada da Biblioteca Comunitária das Malvinas, localizada na rua Pau D’Arcos.

       A Biblioteca das Malvinas foi a primeira a ser instalada, funciona há três anos e hoje possui um acervo de dez mil livros didáticos e paradidáticos. “Nós recebemos livros de toda a comunidade. As pessoas receberam o projeto de braços abertos e a biblioteca tem sido uma fonte de inspiração para crianças e adultos”, disse um dos idealizadores do projeto, Aziel Lima.
       Maurício Silva é um dos voluntários da Biblioteca e ressalta a importância da leitura. “É através da leitura e busca de conhecimento que temos uma visão crítica sobre as questões sociais e culturais, podendo contribuir de alguma forma para a sociedade”. E, foi através desse incentivo à busca de conhecimento, trazido pela Assorac, que Maurício descobriu os caminhos profissionais para trilhar.
Além disso, a intenção dos organizadores é quebrar com o pré-conceito de que a biblioteca só é necessária para trabalhos escolares e são lugares chatos e empoeirados. Ao contrário deste conceito, a ASSORAC alia o conhecimento com as novas tecnologias, cultura, arte e comunicação.
 
QUER AJUDAR A ASSORAC?
 
       A associação conta com nenhuma ajuda financeira, sobrevive através da ajuda de cada um. Seja doando livros, se voluntariando ou ajudando na manutenção de algum objeto. Para mais informações, entre em contato com a associação.

CEOP: Há 22 anos descobrindo e resgatando a cidadania das famílias do Curimataú e do Seridó paraibano


Por: Simone Silva de Araújo

       Em 1992, na cidade de Picuí, interior da Paraíba, um grupo de pessoas preocupadas com as necessidades sociais da comunidade fundou uma instituição sem fins lucrativos a qual recebeu o nome de Centro de Educação e Organização Popular – CEOP. Idealizado pela Irmã Maria Conceição de Freitas e pelo Pe. Donato Rizzi, o CEOP teve como atividade inicial a alfabetização de mulheres que frequentavam a igreja e que não possuíam habilidades com a leitura e a escrita.  Depois o centro passou a atender crianças que não tinham acesso à educação infantil, oferecendo, assim, a possibilidade de prepará-las para o primeiro ano da educação básica no ensino público.
       Apesar de ser inspirada no pensamento do educador e filósofo Paulo Freire, a missão do CEOP estava muito além do trabalho de alfabetização e logo direcionou o olhar para outros segmentos como a agricultura familiar. As dificuldades enfrentadas pelos homens e mulheres do campo, durante a seca de 1993, levaram a organização a pensar ações que ajudariam na convivência com o semiárido, potencializando o zelo pela terra, as relações humanas e com o meio ambiente.

Agricultores participando do Curso de Capacitação sobre Manejo de Sistema Simplificado de Água para Produção (SISMA)

       Ao longo de seus 22 anos de história, o CEOP continua trabalhando pelo bem-viver das famílias. Sua missão se resume em “contribuir no processo de formação dos grupos de crianças, adolescentes, jovens, mulheres e agricultores familiares na construção coletiva do saber, tendo como enfoque os direitos humanos e a ética, resgatando a dignidade e os valores sociais para vivência em sociedade”. A qualidade no atendimento aos seus beneficiários é uma das grandes preocupações da ONG.
       Hoje o CEOP possui atuação microrregional, abrangendo 18 municípios do Curimataú e Seridó Paraibano, onde promove ações que visem a melhoria dos recursos hídricos, com a construção de cisternas, barragens subterrâneas e barreiros, através da sua participação em editais públicos.  Além das atividades desenvolvidas na zona rural, a entidade trabalha com a temática da violência contra a mulher. Inclusive, realiza, anualmente, uma grande caminhada da paz pelo fim desse tipo de violência. Já com as crianças e adolescentes que residem na zona urbana, o centro oferece atividades artísticas como grupos de balé, percussão, dança, violão e flauta. Todas essas atividades são planejadas semanalmente pelo grupo gestor.

 Grupo SOM BATUQUE

Grupo de percussão SOM BATUQUE na caminhada pelo fim da violência contra a mulher

       No que diz respeito ao financiamento, a instituição se mantém a partir de doações. Segundo a Coordenadora Francisca Aparecida Firmino, o CEOP tem procurado proporcionar um trabalho cada vez mais qualificado: “a gente faz até onde dá, mas a gente quer fazer com maior zelo possível, com maior carinho possível, com respeito às pessoas, colocando elas no centro da discussão, como sujeitos de direito, como cidadãos e cidadãs” – declarou a coordenadora.  Ela afirmou ainda que fazer movimentos sociais na região é um desafio pelo fato de que nem sempre as pessoas envolvidas são compreendidas pela sociedade:  “Fazer movimento social é dizer de que lado você está. Eu estou do lado das mulheres que estão oprimidas, que estão sendo subservientes dos companheiros. Eu estou do lado dos meninos e das meninas de rua que estão no mundo das drogas, que não tiveram apoio. Eu estou do lado das pessoas que são marginalizadas, que são oprimidas, que são discriminadas. Então nem todo mundo na comunidade tem esse comprometimento com as questões sociais que estão postas para nós no dia-a-dia”.
       Movidos pelo sentimento de esperança e de transformação da realidade, pela filosofia de Paulo Freire e pela espiritualidade guiada por grandes nomes, como Madre Tereza de Calcutá e Dom Hélder, a equipe responsável pelo trabalho filantrópico do CEOP está sempre engajada em seus projetos e conta com um importante diferencial: o posicionamento crítico diante das necessidades sociais.  É justamente esse senso de criticidade que mantém firme a ideologia da organização e o sentido em continuar existindo. “A gente precisa ter esperança e utopia porque senão a gente não consegue desenvolver nossos trabalhos e acreditar que um outro mundo, que uma outra sociedade do respeito às diferenças é possível” – concluiu Aparecida Firmino. 
 
COMO SER BENEFICIÁRIO DO CEOP?

       As pessoas que desejam qualquer tipo de atendimento do CEOP devem procurar o escritório localizado à Rua: Francisco Claudiano, 55, Bairro Monte Santo – Picuí-PB. A ONG também trabalha com visitas domiciliares, identificando as famílias com maior vulnerabilidade social.  Quando se trata de famílias oriundas de outros municípios, o CEOP realiza articulações com grupos de apoio que funcionam como redes de contato para subsidiar o atendimento. 

QUER SE TORNAR UM COLABORADOR? 

        Se você deseja contribuir com algum tipo de doação ou serviço para apoiar o trabalho e as ações desenvolvidas pelo CEOP, entre em contato!

Telefone: (83) 3371-2084
Caminhada pelo fim da violência contra a mulher

Família de agricultores contemplados com cisterna

Grupo de balé em apresentação e, ao fundo, os grupos de violão e percussão

Crianças beneficiadas pelo CEOP